Comemorações dos 190 anos da paróquia de Senhora Santana e São Joaquim de S do Ipanema AL - Linha do Tempo - Parte I (1836-2026)

 

Padroeiros Senhora Sant'Ana e São Joaquim de
Santana do Ipanema AL

Linha do Tempo - Parte I

1787. Chegada do Martinho Vieira e sua esposa Ana Tereza para ocupar a Fazenda Picada, adquirida de João Carlos de Melo, em 1771. Junto com eles também veio o padre Francisco José de Albuquerque Correia para construção de capela em honra a Senhora Sant’Ana. Após a construção da capela, também foi construído um abrigo de beatas. Depois, seguiu suas santas missões de evangelização pelos sertões. Periodicamente retornava;

1787-1842 - Padre Francisco José Correia de Albuquerque(1), natural de Penedo. O crucifixo esculpido em madeira(século XIX), segundo a tradição, foi obra do padre Francisco Correia. Encontra-se na parede central do altar-mor da matriz de Senhora Sant’Ana em outra cruz. A original, com outra imagem do Crucificado, está na igreja da Sagrada Família. Pelo conjunto do seu trabalho foi imortalizado pela Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes-ASLCA, como um dos patronos, ocupando a cadeira de n.º 13.

Crucifixo, obra artesanal do Pe. Francisco Correia

1812. Padre Francisco Correia fixou residência na Vila e continuou realizando as santas missões pelo sertão afora;

1825. Com a articulação política, o padre Francisco Correia propôs a criação da paróquia de Senhora;

1836. Criação da paróquia e nomeação do padre Francisco Correia como primeiro vigário;

Lei de criação da Paróquia
Fonte: Memórias Religiosas de Santana do Ipanema
de José Walter da Silva dos Santos Filho

1842. Padre Francisco, aos 85 anos deixa o trabalho paroquial para se recolher no Sítio Fazendinha, em Bezerros Pe.;

1842-1845 - Frei Manoel de São João Evangelista(2);

1846-1847 - Padre Manoel Francisco de Carvalho(3);

1847-1848 - Padre Bezerra de Melo(4);

1847-1848 - Padre Galindo Firmo da Silva(5);

1848. Falecimento do Padre Francisco Correia. Inicialmente foi sepultado na igreja do Rosário, em Bezerros, depois seu corpo foi trasladado para Recife;

1848-1849 - Padre José Carlos da Silva(6);

1850-1851 - Padre Pedro Correia da Silva(7);

1851-1855 - Padre Francisco Mendes Ferreira(8);

1852-1852 - Frei Antônio de Santo Agostinho(9) Seu nome era Antônio Malachias dos Santos Aranda;

1854 - Padre José Roberto da Silva(10);

1854-1856 - Padre Francisco Mendes Ferreira(11);

1856-1879 - Padre João da Costa Nunes(12);

1879-1880 - Dom Antônio Manoel Castilho Brandão(13);

1880-1883 - Padre Antônio Soares de Melo(14);

1882-1882 - Padre Donato Barroco(15);

1882-1883 - Padre Mathias Antônio de Mello(16);

1884-1888 - Cônego Teotônio Ribeiro e Silva(17). Natural de Traipu. Foi ele quem escreveu a biografia do padre Francisco Correia e a publicou em 1917. Tudo o que sabemos do padre Francisco deve-se ao seu livro. Pelo conjunto do seu trabalho foi imortalizado pela Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes-ASLCA, como um dos patronos, ocupando a cadeira de n.º 29.

1888-1892 - Padre Veríssimo da Silva Pinheiro(18)

1892-1898 - Padre João Pacífico Pereira Freire(19)

1898-1919 - Chegada do Monsenhor Manoel Capitulino de Carvalho(20);

1900. Construção da Capela de N. Sra. da Conceição(Assunção) e início da primeira grande reforma da Matriz de Senhora Santana. Alguns historiadores registraram que a igreja foi reinaugurada em 1900, porém não há evidências históricas que comprovem o argumento. Estamos falando de uma época em que não havia estradas ou automóveis. O transporte de materiais era feito pelo rio São Francisco, de Penedo ou Pão de Açúcar ou através de carros de boi ou nos lombos de jumentos;

Capela de Nossa Senhora da Conceição(Assunção)

1901 a 1920. Período de reforma da Matriz de Senhora Santana pelo padre Manoel Capitulino;

Matriz em construção em 26.07.1912
Foto mais antiga que se tem conhecimento

1911-1913 - Padre Manoel dos Santos Curador(21)
1913-1915 - Monsenhor João Batista de Aquino Wanderley(22)
1915-1916 - Padre Daniel Bezerra da Costa(23)
1917. Publicação do “Escorço Biográfico do Missionário Apostólico Dr. Francisco José Correia de Albuquerque” pelo Padre Theotônio Ribeiro;


1917-1952 - Padre José Bulhões(24). Residiu no casarão situado à direita do riacho Camoxinga. Parecia um hotel de tanto hospedar parentes e amigos. Foi um sacerdote que ajudou a família e muitos jovens a conseguirem empregos. As irmãs Maroquita(Maria) e Liquinha(Maria Angélica) moravam com ele. Criou o Sílvio, filho de Corisco(Cristino Gomes da Silva Cleto) e Dadá(Sérgia Ribeiro da Silva). Pelo conjunto do seu trabalho foi imortalizado pela Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes-ASLCA, como um dos patronos, ocupando a cadeira de nº 17.

1919. Falecimento do Padre Teotônio Ribeiro e Silva. O padre Capitulino deixou oficialmente a paróquia de Senhora Santana. A reforma da matriz ainda não estava totalmente concluída, conforme fotos do período;

Igreja Matriz no final da construção em 1920

1921. No exercício da vice presidência do Senado, o padre Manoel Capitulino governou o Estado em 1921 e sancionou a Lei que elevou a vila a cidade;

Inauguração da Praça João Pessoa defronte à Matriz, 1930


1940. O Monsenhor Manoel Capitulino da Carvalho escreveu sua autobiografia relatando seu trabalho na paróquia, revelando informações importantíssimas acerca das suas realizações, conforme descrevemos a seguir:

"Fui em janeiro de 1897 nomeado vigário da Freguesia de Sant'Ana do Ipanema, onde construí a Igreja Matriz e uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Fundei o apostolado na igreja matriz e em todas as capelas da freguesia aludida. Na sede da freguesia só existia uma capella com foro de matriz construída pelo missionário Francisco José Correia de Albuquerque, quando a cidade de Sant'Anna do Ipanema era fazenda de gado de Martinho Vieira Gaia. Com a criação do Bispado de Penedo em janeiro de 1918 vim residir na Capital do Estado de Alagoas."

1946. O hino à Senhora Santana foi composto a pedido do padre José Bulhões a duas personalidades que sempre frequentavam à festa da padroeira. A letra foi escrita pelo Cônego Theófanes Augusto de Barros, amante da cultura. Ao musicista Joaquim Costa, organista da Barra de São Miguel, foi encomendada a melodia. Provavelmente a estreia do hino foi por ocasião das festividades do ano de 1946. Estava em andamento a segunda e grande reforma da Igreja Matriz tendo como mestre de obras o senhor Antônio Torres Galindo, conforme relato do neto Luiz Carlos Galindo.

1947-1951 - Monsenhor Fernando Monteiro de Medeiros(25)

1947. Conclusão da segunda grande reforma da Igreja Matriz de Senhora que construiu sua suntuosa torre com 35 metros, iniciada pelo Padre José Bulhões e concluída pelo padre Fernando Medeiros;

2.a reforma da Igreja Matriz concluída em 1947

1947. Em 25 de Setembro de 1947 foi realizada a II Feira Noturna para angariar fundos para a construção da casa paroquial na rua Coronel Lucena. Às 8h foi realizada a bênção e inauguração do Relógio Oficial da Matriz.


1948. Semana de Ação Católica em 1948 - Congresso Eucarístico com a participação dos vários padres, incluindo padres José Bulhões e Fernando Medeiros;

Atualmente  rua Martins Vieira

Altar-mor da matriz em 1948



Dezembro, 2025

Comentários

Postagens mais visitadas