Breno Accioly e os balões juninos de Santana do Ipanema




 


Breno Accioly

*Publicado no Diário de Pernambuco de 27 de agosto de 1950 sob o título Balões.

Chamava-os de mensageiros e sentia-me feliz vendo-os partir céleres ou lerdos, em busca de seus inexoráveis destinos. Sabia que eles viveriam algumas horas, talvez, nem isso; todavia em meu peito jamais faltou um coração sadio quando meu solhos se inflamavam, acompanhando a rota incerta dos balões de junho.

Dir-se-ia, naqueles instantes eu me esquecia das paulificantes lições de matemática, além da prisão do internato que iria me encarcerar, novamente, dentro de uma semana ou dos puxavantes que mamãe dava à minha orelha ao ver-me alheio às sentenças da predica das missas de domingo.


Com 26 anos, Breno Accioly tornou-se médico no Rio de Janeiro


Pessimista desde que me entendo, não o era, entretanto, à noite das festas de São João, pois de lado abandonava o futuro (sempre se me afigurando qual um fantasma) e deixava de imaginar que em certa época de anos vindouros teria de vestir uma farda amarela e sair pelas ruas, de rifle ao ombro esquerdo até que um sargento cansado de castigar a tropa berrasse um “alto”.

Para ler a crônica completa, clique aqui.


Comentários

  1. Os belos contos de Breno Accioly são encantadores..
    Parabéns, João de Liô!!

    ResponderExcluir
  2. Parabéns, confrade João Neto Felix! Pela feliz reminiscência. Quiçá, num futuro muito próximo, confeccionados com tecnologia de drone, que não leve perigo ao meio ambiente, os novos balões voltem a inspirar novos "Brenos Acciolys", que estão por aí, ainda de calças curtas. ass: amigo, Fabio Campos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas